Exhuma (2024) – Crítica do filme

O filme “Exhuma” estreou nos cinemas coreanos no dia 22 de fevereiro desse ano, tendo sido exibido também na 74ª Edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim no dia 16 de fevereiro. Computando uma duração de 2h13min, a obra do gênero terror e suspense é dirigida por Jang Jae-Huyn e estrelada por Kim Go-Eun, Choi Min-Sik e Lee Do-Hyun. Confira a nossa crítica sobre o filme!

 

Exhuma
Exhuma – Créditos da imagem: Times of India/Reprodução

Sinopse do filme “Exhuma” – 2024

Em Exhuma, a xamã Hwa-rim (Kim Go-Eun) e o médium e parceiro Bong-il (Lee Do-Hyun) são contratados por uma família abastada são contratados para descobrirem qual seria a causa de uma doença de origem sobrenatural que assola somente os primogênitos da família a cada geração que surge.

Para ajudá-los, chamando o geomante (Choi Min-sik) e um agente funerário (Yoo Hai-Jin). Eles descobrem que o ancestral da família, ou melhor, uma escura sombra do mesmo toma conta da família. Ao exumar o túmulo para resolver a situação, acabam sem querer, libertando uma força terrivelmente malévola que estava enterrada.

Ocultismo, ancestralidade e história

Exhuma é um filme extremamente interessante e intenso. Forrado de suspense a todo o momento, consegue captar a atenção do espectador e prendê-lo do começo ao fim. Aqui não há espaços aleatórios, nem tempo para maiores respiros. Mesmos nos momentos que a ação é menos intensa, a tensão psicológica é incrivelmente trabalhada.

O elenco é simplesmente impecável, demonstrando toda a sua competência e habilidade e mergulhando de cabeça no drama que aflige seus personagens na trama.

Uma curiosidade muito interessante e importante é que os rituais espirituais realizados no filme são verdadeiros, ou seja, pautados em práticas verdadeiras. A preocupação da produção em se valer dos rituais genuínos foi evitar que, acidentalmente, algo negativo pudesse ser acionado.

A primeira cena que eles fazem junto da tumba no local estranho é simplesmente espetacular. Aqui, trilha sonora, a espetacular interpretação dos atores e o jogo de câmera feito provoca uma série de emoção, tornando a experiência imersiva e eletrizante.

Mas não para por aí. Eles ainda terão de enfrentar o sobrenatural mais de uma vez no decorrer do filme. Cada conversa deles sobre os fatos, cada prática, cada rituais realizado nos presenteia com um riquíssimo arsenal de costumes, cultura, mitologia, formas de pensar, agir e ser no mundo muito peculiares àquela cultura.

Exhuma é um verdadeiro e instigante convite não apenas a compreensão do oculto e sobrenatural, mas também um convite a conhecer mais e melhor a cultura coreana. É uma intrincada e fascinante mistura de misticismo, folclore e cultura que permeia toda a narrativa e a torna tão sensacional.

É válido e necessário dizer que Exhuma vai além. De maneira metafórica, eles expõe toda a comoção e impacto que a ocupação japonesa na Coreia teve sobre aquele país, aquele povo. Um evento histórico que deixou marcas profundas na Coreia. É uma ferida cuja cicatriz ainda tem suas pulsações dolorosas.

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Redatora web há 7 anos. Faço parte da equipe de redação do Cinemarte, escrevendo reviews das séries e filmes que assisto!

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