Under The Bridge (2024) – Review do 1ª episódio

A mini série “Under The Bridge” estreou no streaming Hulu no dia 17 de abril nos EUA, mas sem data de estreia no Brasil por enquanto. Trata-se de um drama policial desenvolvido por Quinn Shepherd, baseado em um livro de mesmo nome escrito por Rebecca Godfrey. No elenco, conta-se com a presença da incrível Lily Gladstone (que foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz no Oscar de 2024, por seu papel em Assassinos da Lua das Flores), Riley Keough, Vritika Gupta, entre outros. Saiba mais aqui no Cinemarte!

Under The Bridge
Under The Bridge – Créditos da imagem: Looper/Reprodução

Sinopse da série Under The Bridge (2024)

A série é inspirada no caso triste e real de assassinato de uma menina canadense de 14 anos chamada Reena Virk, que foi espancada e morta por um grupo de adolescentes em Saanich, British Columbia, Canadá, em 1997. O caso é investigado pelo polícia local, principalmente por Cam Bentland (Lily Gladstone), com a ajuda da amiga e escritora Rebecca Godfrey (Riley Keough).

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Review do 1º episódio

Under The Bridge é uma série de drama policial, uma espécie de true crime televisivo que, conforme citado anteriormente, inspirou-se em um caso real, narrado em um livro (que serviu de base para a série) e um caso bem brutal e terrível, por sinal, o que por si só já atrai o interesse dos espectadores, sobretudo aqueles que apreciam obras baseadas em fatos reais e true crime.

Toda a fotografia do episódio (e da série) como um todo, é, de certa forma, bem fria, o que cai perfeitamente bem para a “vibe” da história que está sendo contada. Vários tons azuis, cinzas e tons escuros em geral se unem para criar uma atmosfera densa, séria e melancólica.

Logo no início temos a voz de Rebecca ao fundo, enquanto um carro roda a caminho de Saanich, que levanta uma reflexão importante sobre algumas críticas que a série faz sobre problemas na adolescência, parentalidade, sobre como a sociedade lida com os jovens que classifica como “problemáticos”. Essa fala narrada de Rebecca, quer o espectador perceba logo de início ou no decorrer dos episódios, vai ajudar a balizar diversas das reflexões que o espectador será suscitado a fazer.

É exibido Reena Virk (Vritika Gupta), uma adolescente que, como muitos outros, está naquele momento de rebeldia, experimentação e que, ao mesmo tempo, quer ser aceito, quer sentir que pertence à um grupo, a um lugar. Ela é buscada na escola por seu tio, que lhe presenteia com um CD que ela queria muito. Mas ele fala algo que a deixa irritada e ela faz ele parar o carro.

Então, ela encontra Dusty, uma das poucas amigas do “grupinho” de Seven Oaks com quem ainda fala. Elas adentram no orfanato, onde está Josephine Bell e sua melhor amiga, se aprontando para sair. Josephine tem uma postura bem agressiva, bem mandona, bem “bad girl”, que agia como se fosse de uma gangue. Em um dado momento, após Reena se empolgar quando elas estão escutando o CD do “Biggie” (como elas chamam o Notorious B.I.G, famoso rapper) e subir e pular na cama, Josephine dá uma bronca nela e, ao sair rumo à festa, fala que Reena não foi convidada.

Para se vingar, Reena pega escondido o diário de Josephine e liga para todos os números que encontra no diário, difamando e falando mal de Josephine.

É apresentada também a personagem Rebecca, que volta à Saanich para escrever seu livro, sobre as “Victoria Girls”, ou as “Garotas Bic”, como foram pejorativamente apelidadas pelas autoridades locais, por serem consideradas garotas “descartáveis” e extremamente problemáticas, um problema social ali. Há uma perda significativa no passado de Rebecca: seu irmão, que, até o presente momento na série, não sabemos como morreu. O que fica claro é que esse é um tópico sensível ali, mas não dão muitos detalhes, o que provoca um ar de mistério e suspense e deixa uma ponta que provavelmente será desenrolada ao longo da série e que é responsável por elementos importantes da vida intra e interpessoal da personagem.

Cam Bentland, interpretada por Lily Gladstone, é uma policial que está se empenhando ao máximo para conseguir uma indicação para outro departamento, em Vancouver, uma cidade maior. Mas, ao que tudo indica, não será fácil. Ela terá de dar muito duro para atingir seus objetivos. Ela é filha do delegado e seu irmão também é policial. Mas Cam é uma mulher dentro de um predominantemente masculino, o que dá a entender que ela pode querer fazer tudo o que for possível para desvendar o caso, ganhar respeito e conseguir ascender na carreira.

Posteriormente, Josephine fica descobrindo obviamente o que Reena fez e, como a Mean Girl que é, não vai deixar barato. Quando Reena está jantando com a família, Josephine liga para ela e a convida para uma festa, uma agitação. Ao chegar no local, repleto de outros jovens, Reena é confrontada e, percebendo o risco iminente, começa a correr.

Josephine, Dusty e a garota melhor amiga de Josephine, além de mais algumas pessoas, correm atrás de Reena e, debaixo da ponte (aí o nome da série) cometem atos terríveis.

Reena é dada como desaparecida. O pai e o tio, preocupado, vão dar queixa na polícia. O policial irmão de Cam não leva muito a sério, menosprezando um bocado o caso, por conta da carga negativa que é normalmente atribuída a muita das garotas da região. Cam é confrontada pelo tio de Reena, dizendo que ela, dentre todos ali, devia ter mais consideração pelo caso. Cam, que se sentiu mexida com a fala do tio, resolve então levar a investigação adiante.

Com a autorização do pai, Cam vale-se da equipe de mergulho para fazer uma busca no lago, onde é encontrada a calcinha da garota.

Diante dessa evidência e do diário de Josephine, alguns jovens são levados à delegacia. Nesse ínterim, vários responsáveis vão atrás de informações sobre seus filhos. E aí entra um detalhe importante sobre a construção de personagem de Josephine: ela liga para a mãe, que reside em outra cidade, mas a mãe parece nem se importar. Josephine tem uma vida bem dura e a sua raiva e agressividade parece, boa parte, advir disso. Somos levados, por um lado, a nos compadecer dela até certo ponto, pelas dificuldades que tem de lidar tão jovem. Mas, por outro lado, temos de encarar também que seu jeito cáustico e maldoso pode fazer dela a vilã ou uma das vilãs dessa história.

Josephine liga então para Rebecca. Cabe aqui explicar: dias antes, Rebecca vai ao lar para jovens Seven Oaks, dialogar com as garotas de lá e nisso conhece Dusty e Josephine, que evidenciam conhecer Reena. Rebecca deixa um cartão, explica que quer escrever sobre as “Bic Girls” e deixa aberta a postura para contato, que é o que Josephine irá fazer.

Quando Rebecca chega à delegacia para buscar Josephine, vê Cam e ali fica entendido que elas se conhecem, que tem alguma amizade, que possuem um passado em comum, o qual obviamente gerou consequências diversas em suas vidas.

Cabe aqui 2 destaques. Primeiramente, a atuação espetacular de Lily Gladstone. A atriz é fabulosa e espetacular, isso já sabemos. Mas aqui em Under The Bridge isso fica novamente evidenciado. Não só pela incrível atuação, caracterização e interpretação tão realista em si, mas porque mostra toda a versatilidade dela e sua capacidade de saltar de um personagem (em Assassinos da Lua das Flores) para outro (em Under The Bridge) sem deixar vícios de interpretação e caracterização. Ela não é uma atriz de uma nota só. Pelo contrário: é multifacetada e capaz de construir uma interpretação única a cada vez.

O segundo destaque vai para o final, onde é deixado um gancho inesperado e surpreendente, deixando o espectador para lá de ansioso para o próximo episódio: Reena saiu viva, mas machucada do episódio da ponte e sai andando tropegamente. Mas o que aconteceu? Onde ela foi parar? É o questionamento que fica como gancho para o próximo episódio.

1 Review ( 1 out of 10 )

RaymondPeefs - no.reply.NoahSimonson@gmail.com
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Redatora web há 7 anos. Faço parte da equipe de redação do Cinemarte, escrevendo reviews das séries e filmes que assisto!

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