O filme “A Freira 2” foi lançado em 7 de setembro de 2023. Dirigido por Michael Chaves e com uma duração de 1h49 minutos. No elenco, há a presença de Taissa Farmiga, Storm Reid e Jonas Bloquet. Saiba mais sobre o filme aqui nessa crítica do Cinemarte.
Sinopse de “A Freira 2” (2022)
A Freira 2 é o segundo capítulo da história de A Freira (2018), que faz parte do universo da franquia Invocação do Mal. No primeiro filme, após uma freira cometer suicídio em um convento na Romênia, o Vaticano envia o atormentado Padre Burke (Demián Bichir) e uma noviça, Irmã Irene (Taissa Farmiga), para investigar o ocorrido.
Arriscando suas vidas, a fé e até suas almas, os dois descobrem um segredo profano no local, confrontando uma força do mal que assume a forma de uma freira demoníaca e transforma o convento em um campo de batalha espiritual.
Agora, na continuação, anos após os acontecimentos do primeiro filme, um padre é assassinado e parece que o mal está se espalhando por toda a região. Novamente acompanhamos a Irmã Irene quando, após pensar ter escapado por pouco de Valak, a entidade demoníaca, ela é forçada a enfrentar o poderoso e macabro inimigo mais uma vez.
Fonte da sinopse: AdoroCinema.
Densidade e história em A Freira 2
A priori, houve grande expectativa quando saiu o primeiro filme de “A Freira”, em 2018, que obviamente antecedeu A Freira 2. Afinal, a personagem Valak fez um enorme sucesso nesse universo de Invocação do Mal. Assim, as apostas foram consideráveis para que o primeiro filme sobre a tenebrosa assombração
No primeiro filme, havia uma atmosfera muito sinistra e angustiante, que ajudava a proporcionar aquela sensação de apreensão e medo. Muita ação, muitos elementos interessantes. Porém, faltava história, faltava contexto, faltava maiores explicações sobre uma série de elementos da narrativa.
Diferentemente do seu antecessor, se tem uma coisa que não falta em A Freira 2 é história. De fato, o filme trabalha muitíssimo bem o contexto de tudo. A narrativa é muito melhor desenvolvida do que no primeiro filme, a construção da obra como um todo é melhor do que no primeiro filme.
Seja num contexto mais recente, seja para mostrar o passado ou elementos paralelos na história, A Freira 2 trabalha muito bem a narrativa, buscando sempre contextualizar e explicar tudo muito bem, não deixando margem para dúvidas. Como disse e repito, o que faltou de história e explicação no primeiro filme, sobrou nesse.
A Freira 2 não é tão eletrizante, tão emocionante quanto o primeiro filme. Nele o temor era intenso e constante. Nesse segundo filme, isso já não ocorre tanto. A preocupação é em costurar bem a trama e nos fazer compreender as razões de tudo, dando substância ao filme.
Um ponto excelente em termos de roteiro e narrativa foi terem dado um propósito, uma motivação maior e melhor para o demônio de A Freira 2. Eles dão a entender que o demônio Valak age há muito mais tempo do que se imagina e nutre também um forte desejo de obter uma relíquia religiosa poderosíssima: os olhos de Santa Luzia. Tal objeto sagrado lhe daria um poder imenso, tornando muito difícil vencê-lo. Por outro lado, usado por uma pessoa merecedora contra tal demônio, ele poderia ser vencido mais facilmente.
Foi uma ótima solução de roteiro incrementar a trama com a história de Santa Luzia. Deu mais densidade a narrativa e tornou tudo mais interessante. Isso não só deu mais propósito para Valak, mas também para a irmã Irene e para a história como um todo, ampliando o leque de possibilidades.
Uma crítica, por sua vez, fica quanto a personagem da excelente Storm Reid. Ainda que ela tenha se saído bem, eles deixaram-na muito de lado a partir de determinado ponto da história, transformando-a em algo quase acessório. Poderiam ter aproveitado bem melhor a personagem e sua complicada história.
Em geral, A Freira 2 vale muitíssimo a pena assistir, pela complexidade nova que apresentou.