Oppenheimer (2023) – Crítica do filme

O filme “Oppenheimer”, um drama histórico dirigido por Christofer Nolan, foi lançado em 20 de julho desse ano, no mesmo dia de estreia do filme “Barbie”, de Greta Gerwig. A obra, que conta com uma duração de 3h02min, tem no elenco a presença de Cillian Murphy, Emily Blunt, Florence Pugh, Robert Downey Jr e Josh Hartnett. Saiba mais aqui no Cinemarte.

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Sinopse de “Oppenheimer” (2022)

Oppenheimer é um filme histórico de drama dirigido por Christopher Nolan e baseado no livro biográfico vencedor do Prêmio Pulitzer, Prometeu Americano: O Triunfo e a Tragédia de J. Robert Oppenheimer, escrito por Kai Bird e Martin J. Sherwin. Ambientado na Segunda Guerra Mundial, o longa acompanha a vida de J. Robert Oppenheimer (Cillian Murphy), físico teórico da Universidade da Califórnia e diretor do Laboratório de Los Alamos durante o Projeto Manhattan – que tinha a missão de projetar e construir as primeiras bombas atômicas. A trama acompanha o físico e um grupo formado por outros cientistas ao longo do processo de desenvolvimento da arma nuclear que foi responsável pelas tragédias nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, em 1945.

Fonte da sinopse: AdoroCinema.

O drama de Oppenheimer

Conforme citado anteriormente, o filme “Oppenheimer” conta a história do físico teórico Julius Robert Oppenheimer, um físico teórico americano, de origem judaica, que ficou bastante conhecido como sendo o “pai da bomba atômica”. Ele fez parte do projeto Manhatan, que tinha como objetivo construir uma arma nuclear.

Um primeiro problema do filme “Oppenheimer” está justamente nisso: há uma ambiguidade, ou melhor, uma confusão da obra em se definir. Apesar de ter como base de inspiração uma biografia e ser esse, a priori, o objetivo da obra, o filme também tenta muito falar da construção e impacto da bomba atômica, em seus N sentidos. Ora o filme não sabe se seu foco é o Oppenheimer e sua vida, ora se o foco é a construção da bomba atômica e suas implicações.

Aliás, “Oppenheimer” peca muito nisso: pretende ser, dizer e fazer muitas e muitas coisas, mas acaba não sendo nenhuma delas de fato.

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Além disso, como é muito frequente em filmes do Nolan, as personagens femininas são colocadas como praticamente acessórios dos personagens masculinos. Tanto a personagem da Emily Blunt, quanto a personagem de Florence Pugh são muito rasas, são tratadas de maneira muito superficial, o que não apenas é muito equivocado, como também é um desperdício para o talento enorme que ambas as atrizes possuem.

Em determinados momentos, Oppenheimer se perde um pouco. Não apenas faltou uma série de elementos, mas acaba se perdendo muitas vezes nas discussões sobre o trabalho do cientista, a respeito também do governo americano e da política anti comunista, sobre o papel da ideologia e também sobre os usos e deturpações da ciência. Em outras palavras, faltou abordar certos temas e diversos dos temas que ele aborda não o faz da maneira mais adequada e interessante.

Uma das falhas do filme é no que tange ao “tribunal” do Oppenheimer. Claro que isso é importante, mas desperdiçaram um tempo longo demais nesse aspecto, ainda mais tendo em consideração que existiam outras coisas interessantes para serem abordadas também.

Nem tudo em Oppenheimer fica clara a sua motivação, o que prejudica a narrativa do filme.

Dito tudo isto, sim, Oppenheimer é um excelente filme, pode-se até arriscar dizer que virou um clássico já, porém tem falhas consideráveis.

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Redatora web há 7 anos. Faço parte da equipe de redação do Cinemarte, escrevendo reviews das séries e filmes que assisto!

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