O filme “Snapshots” foi lançado em 20 de maio de 2018, contabilizando 1h35 minutos. Tendo a direção de Melanie Mayron e um elenco composto por Emily Goss, Shanon Collis, Piper Laurie, Brooke Adams, Emily Baldoni e Max Adler. Saiba mais aqui no Cinemarte.
Sinopse de “Snapshots” (2018)
Patti (Brooke Adams) vai visitar sua mãe idosa Rose (Piper Laurie) com a sua filha Allison (Emily Baldoni) na casa dela no lago. Em meio aos problemas e conflitos de Patty e Allison no presente, Rose recorda de seu passado, onde ela teve um intenso e avassalador romance “escondido” com a apaixonante Louise (Emily Goss).
Lindo e doloroso
O filme Snapshots é repleto de flashbacks. De fato, o filme todo o tempo vai e volta, ora exibindo acontecimentos do passado, ora mostrando como está o presente. Esse recurso é bastante interessante, complexo e eficiente para uma infinidade de propósitos e ajuda a enriquecer narrativas.
No caso de Snapshots, onde um gancho do presente (quando Allison, neta de Rose, revela umas fotos que encontrou na máquina fotográfica da avó) faz Rose rememorar mais uma vez seu passado, onde ela, quando possuía 28 anos (a jovem Rose foi interpretada por Shanon Collis), casada com o publicitário Joe, conhece a encantadora Louise, casada com Zee e, de uma amável e estreita amizade surgiu um amor lindo, arrebatador e intenso.
A fotografia do filme Snapshots é bonita, limpa, vibrante, colorida, viva. Talvez com uma iluminação demasiadamente clara e excessiva, mas ainda assim agradável e animadora. O figurino de época também foi simples, mas bem preciso e trabalhado.
Cabe aqui um destaque para a atuação de Emily Goss, que interpreta a fascinante Louise e Shanon Collis, que interpreta a versão jovem da Rose. Além de apresentaram uma atuação sincera, profunda e verdadeira, capazes de angariar simpatia e cativar o público, elas possuem uma excelente química, o que torna a experiência ainda mais envolvente e incrível.
Mas, ao contrário dos vestidos de Rose e Louise, nem tudo são flores em Snapshots: há algumas graves falhas no desenvolvimento da narrativa, em sua edição. O grande foco, o grande cerne da coisa é a linda e espetacular relação amorosa de Louise e Rose, o sentimento forte e puro de uma pela outra.
Contudo, ao invés de concentrarem esforço para mostrar de maneira mais extensa e detalhada toda a construção do relacionamento delas, que durou aproximadamente 4 anos, o(s) conflito(s) que culminou(aram) no rompimento, etc, focaram de maneira absurdamente excessiva nos conflitos e problemas do presente entre a filha e a neta de Rose.
De fato, acaba tendo muito mais cenas do presente, mostrando as questões do presente, do que do passado, da Rose e da Louise, que é o que realmente interessa. O mais adequado seria poucas cenas do presente, apenas para mostrar os impactos do passado e suas influências e focar no passado em si. Mas não, colocam um excesso de cenas do presente, muitas longas demais e outras até mesmo desnecessárias.
Além disso, é essencial falar dos cortes nos momentos errados. Muitas vezes, no meio do desenvolvimento de uma cena do passado, eles fazem um corte para o presente totalmente no momento errado, quebrando todo o clima e fio da meada da cena.
O fim, vale dizer, é trágico e profundamente triste e dolorido. Aliás, o filme Snapshots é baseado em fatos reais. Mas nada impediria de utilizar-se de uma licença poética para modificar essa final. Elas merecem.
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